quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Encontro vocacional Coração Chagado

Encontro vocacional

O que entendemos por vocação?

A palavra vocação  vem do latim “vocare”, chamado. Como cristãos,  compreendemos ser vocação um chamado de Deus. Deus chama, e espera uma resposta. É Deus quem chama e é o homem quem responde ao chamado.

Vocação  difere de profissão – vocação é um chamado de Deus que é para sempre, em cada instante do dia e da vida. É uma vida apoiada na providência de Deus, vive-se o “ser” de uma vocação.

- Profissão – se trabalha por disposição inata ou adquirida (para determinada coisa) onde se encontra a remuneração necessária. 1Ts 4,3: “Esta É a vontade de Deus: a vossa santificação”. A santidade é a nossa vocação. Toda vocação  só é realizável pelo amor.

Vocação  dos leigos na Igreja (leigos = povo de Deus)

Na Exortação  Apostólica Pós-Sinodal Christifideles Laici que há variedade das vocações. Em MT 20, 1ss. Vemos que o proprietário chama os trabalhadores para a sua vinha nas várias horas do dia. Ao comentar esta página do Evangelho, São Gregório Magno interpela as várias horas da chamada relacionando-as com as idades da vida: É possível aplicar a diversidade das horas – escreve ele – às diversas idades do Homem. O amanhecer pode certamente representar, nesta nossa interpretação, a infância. A hora ter cia, pode entender-se como sendo a adolescência: o sol dirige-se para o Alto do céu, cresce o ardor da idade. A hora sexta É a juventude: o sol está como no zênite do céu – nesta idade reforça-se a plenitude do vigor. A idade adulta representa a hora nona, porque o sol declina do seu alto, assim esta idade começa a perder o ardor da juventude. A hora undécimo É a idade daqueles que se encontram muito avançados nos anos... Os trabalhadores são chamados para a vinha em horas diferentes, como querer significar que a santidade de vida um é chamado durante a infância,  outro na juventude, outro quando adulto e outro na idade mais avançada. Em qualquer momento de nossa vida, Deus nos chama; a qualquer hora podemos ouvir esse chamamento; e para cada época há uma missão diferente. Nunca podemos esquecer que Deus chama e  que aguarda a resposta  do homem.

O Papa João Paulo II disse que a Igreja deve dar hoje um grande passo, deve entrar numa nova etapa histórica  do seu dinamismo missionário: “Para evangelizar o mundo são necessários, os evangelizadores. Todos a começar pelas famílias  cristãs, devem sentir a responsabilidade de favorecer o despertar e o amadurecer de vocações missionárias. Recorrendo de modo especial e privilegiados oração,  conforme a própria palavra do Senhor Jesus (Lc 10, 2).

Vocação  e a Vida no Espírito

Formamos nossos pés na caminhada com Cristo a partir de uma experiência íntima com o Espírito Santo. A partir desse encontro profundo, nos deixamos ser conduzidos por Ele é aos poucos vamos sentindo uma transformação  em nosso interior.

A vida no Espírito consiste em:
Viver sob o senhorio de Jesus;
Viver a santidade;
Viver a missão;
Viver na comunidade fraterna.

É o Espírito Santo quem nos impulsiona a assumir que Jesus Cristo é o Senhor de nossas vidas, que nos conduz a uma atitude de conversão, gerando em nós vida de santidade. Ele nos leva a assumir o discipulado e o apostolado, e a viver em unidade com os irmãos.

Alguns sinais vão marcando nossa vida como:

Desejar conhecer mais quem é Jesus Cristo;
Viver o cristianismo de maneira nova;
Buscar o conhecimento da Doutrina da Igreja e das Escrituras;
Ter uma vida de oração  pessoal e comunitária;
Sentir a necessidade de louvar a Deus pelo que ele é, pelo que ele faz e por tudo que ele pode fazer;
Sentir o Senhor libertando do medo, das angustias,  dos ressentimentos,  das emoções descontroladas  É muitas vezes aprisionadas;
Ter coragem de olhar para nós mesmos e assumir que temos erros, necessidades,  fraquezas, e buscar em Deus nossa mudança.
Uma das coisas mais ricas que descobrimos na vida no Espírito é a vida fraterna,  a comunidade de irmãos. Não existe como viver no Espírito individualmente. É através  dessa experiência com o Espírito  Santo que nos sentimos o Corpo de Cristo.

Paz e bem!

Após algum tempo, na verdade muito tempo sem postar nada neste blog, quero retornar e agora missionando em uma Nova Comunidade, na Comunidade Católica em Células Coração Chagado. 

A nossa missão é : Alcançar, atrair e conduzir pessoas ao Coração de Jesus evangelizando "de casa em casa ensinando e anunciando a Palavra de Deus" (cf.: At. 5,42). 

A comunidade nasceu em Outubro de 2011 e após estes sete anos temos experimentado a cada dia o novo de Deus em nossa vida e na vida da comunidade, muitas pessoas passaram por nós, outras ficaram e a evangelização tem acontecido, momentos de tristezas e alegrias, de encontros e desencontros, mas todos conforme a misericórdia e a permissão do Senhor que tem gerado em nós um sentimento cada vez mais fraterno.

Uma vez ouvi "ser comunidade, é deixar de ser maioria", é verdade pois, nos tornamos minoria e ser minoria não é ser melhor que ninguém,  mas é estar sentados aos pés do Senhor e deixar ser moldados pela Palavra deste Senhor que nos chama a sermos misericordiosos e nos indica sempre o seu caminho de encontro Consigo, com o outro e conosco mesmo.

Somos uma comunidade que se reúne em pequenos grupos (células) assim como os primeiros cristãos se reuniam, facilitando a comunicação e o cuidado de  um para com o outro, sendo irmãos, partilhando a Palavra e a vida.

Nos reunimos nas casas e no templo, alimentando do pão da Palavra e do pão do céu  (Corpo e do Sangue de Cristo), assim somos impulsionados para a missao de alcançarmos a outros.

Coração Chagado de Jesus cure as chagas do nosso coração. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ENSINO 1


GRUPO DE ORAÇÃO

Amados, quero iniciar este ensino com as seguintes perguntas:
Grupo de Oração: Para que existe? Qual a sua finalidade?
Ele existe:
  • Para reunir pessoas a fim de louvarem a Deus?
  • Para reunir irmãos na fé com a finalidade de passarem um tempo em oração e alimentarem-se da Palavra de Deus?
  • Para que os participantes possam orar no Espírito e alcançar bênçãos divinas?
  • Para dar oportunidades às pessoas de orar e, na oração, serem curadas de seus males físicos, psíquicos e morais?
  • Para que, na oração, se convertam a Deus e a seus irmãos?
  • Para que mais? Qual seria sua resposta? Você está seguro de qual seja a finalidade do grupo que coordena?
É preciso ter idéias claras, objetivas e seguras, a fim de poder cumprir com a sua missão. Para poder determinar a finalidade do grupo de oração, para que existe, é preciso formular e responder a outra questão: qual é a finalidade da Renovação Carismática Católica na Igreja e no Mundo?

Finalidade da Renovação Carismática Católica

O Espírito Santo suscitou a Renovação Carismática Católica na igreja para “provocar e fazer acontecer” uma graça profunda e forte de “renovação da vida cristã” a partir de dentro dos corações. Graça que transforme e renove progressiva, dinâmica e permanentemente a vida cristã. Como conseqüência, provoca uma renovação pessoal nos relacionamentos com Deus, com a família, com a Igreja e com a sociedade, para tender ao estado perfeito da vida cristã, segundo o modelo, que é Jesus vivo (cf. Cl 3,9-10).
A finalidade da RCC é provocar uma explosão da graça batismal para que o cristão viva sua vida cristã com profundidade, radicalidade e grande poder.
A missão da RCC é fazer acontecer, hoje, nos cristãos, aquela benção transformadora que ocorreu com os Apóstolos e discípulos do Senhor Jesus no dia de Pentecostes (Cf. At 2,1-13).
 È fazer acontecer, na vida dos cristãos, o pentecostes pessoal com todos os seus efeitos de transformação da vida cristã, levando-a à plenitude e transbordamento apostólico.
É fazer acontecer um novo Pentecostes, hoje na vida da Igreja, “pela sua afeição e abertura à pessoa e à obra do Espírito Santo, a Renovação Carismática foi aprendendo a ser, verdadeiramente, como rosto e memória  de Pentecostes como sinal da atualidade e da perenidade de Pentecostes”.

Finalidade do Grupo de Oração

A finalidade do Grupo de Oração é a mesma da Renovação Carismática. O Grupo de Oração existe para fazer acontecer o pentecostes pessoal e para cultivá-lo, fortalece-lo e leva-lo à maturidade. O Grupo de Oração existe para provocar e fazer acontecer aquele processo poderoso de renovação espiritual que transforma a vida pessoal do cristão e todos os seus relacionamentos com Deus, com a família, com a Igreja e a comunidade.
O objetivo do Grupo de Oração é levar todos os participantes a experimentar o pentecostes pessoal, a crescer e chegar à maturidade da vida cristã plena do Espírito, segundo os desejos de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância” (cf. Jo 10,10b).
Quero ressaltar que o Grupo de Oração é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica e caracteriza-se por três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança.

Núcleo de serviço – servos que lideram o grupo e devem experimentar e testemunhar o batismo no Espírito Santo. Eles são responsáveis pelo Grupo de Oração, daí a necessidade da formação dos diversos serviços: acolhida, pregação, pastoreio, cura, intercessão, aconselhamento, formação, música, ação social, juventude, casais e etc, que são chamados de Ministérios pela RCC , dentro de um grupo de oração. At 2,1-4.
O objetivo do núcleo de serviço é louvar, orar, interceder pelo grupo, discernir e aplicar a orientação para o grupo. Sua missão é evangelizar e formar os membros do grupo e leva-los a uma profunda experiência com Deus, de vida no Espírito Santo, inserindo-os no conjunto da Igreja.

O perfil do participante do núcleo inclui:
  • Constância nas reuniões de oração;
  • Frutos de conversão;
  • Responsabilidade;
  • Maturidade humana e espiritual;
  • Carisma de Liderança;
  • Senso eclesial;
  • Relativa aceitação comunitária, entre outras características.

Obs.: O núcleo perfeito e orientado pela RCC  é aquele que possui os Coordenadores de Ministério dentro dele, e que o grupo já esteja formado em ministérios. A palavra ministério significa Serviço.

Reunião de oração – momento em que a multidão é evangelizada, experimenta a ação de Deus, testemunha os carismas e tem seu coração tocado. O centro deste momento é o louvor e a pregação com poder. At 2,5-41
Principais características de uma autêntica oração:
  • Centralizada na pessoa de Jesus
  • Carismática, tendo como princípio dinâmico o Espírito Santo.
  • Fraterna e alegre, as pessoas devem se sentir acolhidas, amadas e felizes durante o tempo em que ali estiverem.
  • Espontânea e expressiva, na liberdade do Espírito, o participante deve sentir-se a vontade para louvar em voz alta, cantar, bendizer e gesticular.
  • Ordenada, com um dirigente principal.

Digo ainda que a reunião de oração será mais proveitosa tanto quanto for bem preparada e dirigida, criando assim melhores condições para a ação do Espírito.
È necessário dedicar esforço e carinho na preparação da reunião, dando liberdade para que o Espírito Santo possa mudar tudo adequando à vontade do Pai.
Existem três coisas muito importantes para uma boa reunião de oração:

  1. Intercessão à Ministério de Intercessão
A intercessão ajuda no discernimento do núcleo, através de palavras e moções dadas por Deus que são encaminhadas ao coordenador do grupo.

  1. Rhema
Um termo comumente usado no ambiente da RCC e significa uma palavra inspirada ou recordada de forma atual, para o momento ou situação presente.
O rhema auxilia na preparação e ambientação da reunião, orienta o pregador para a preparação do seu ensino.

  1. Oração antecedente da equipe

É recomendável que se encontrem uma ou meia hora antes do início da reunião de oração: o dirigente principal, a equipe auxiliar, o ministério de musica, o pregador do dia, a equipe de acolhida. Estes se prepararão para conduzir em unidade a reunião.

Grupo de perseverança – Os que foram evangelizados devem ser conduzidos aos grupos de perseverança para crescerem na doutrina, na fraternidade, na participação da Eucaristia e na vida de oração. Este grupo é celeiro de onde sairão aqueles que serão formados para assumirem serviços necessários no Grupo de Oração. At2,42-47
Os grupos de perseverança são fundamentados em quatro princípios (cf. At 2,42):
a)    Doutrina dos Apóstolos
b)    Comunhão fraterna
c)    Fração do Pão
d)    Oração

Os grupos de perseverança devem formar pessoas que possam assumir lideranças; por isso é importante observar alguns sinais para reconhecer líderes em potencial: curioso, mediador, sintetizador, prático, proponente.
O Servo indicado para coordenar o grupo de perseverança deve:
  • Ser pessoa de vida de oração bem ordenada: orante;
  • Ter visão clara do que é o grupo de perseverança;
  • Ter carisma de pastoreio.


Vanderlei Pinho – Delei –Teólogo
Membro do Conselho Diocesano da RCC
Responsável pelo Ministério de Fé e Política Diocesano.
Pregador do Ministério de Formação Diocesano.

Paz e Bem! Que o Senhor Jesus dê a todos os Grupos de Oração rica sementeira.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Saudação Angélica

AVE MARIA  (Lc. 1,28.42)
"Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo." v.28
E exclamou em alta voz: "bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre."v.42
A salvação do mundo e a salvação de cada um em particular está ligada a esta prece, foi esta prece que trouxe à terra seca e árida o fruto da vida, JESUS CRISTO. A Ave Maria é um orvalho celeste que umedece a terra, e, a alma para fazer brotar o fruto no tempo adequado. Uma alma que não for orvalhada por esta prece não dará fruto algum. "O que produz só espinhos e abrolhos, é abandonado, não demora que será amaldiçoado e acabará sendo incendiado" (Heb.6,8)
"Saibas, meu filho, e comunica-o a todos, que um sinal provável e próximo da condenação eterna é a aversão, a tibieza, a negligência em rezar a Saudação Angélica, que foi a reparação de todo o mundo." (Alano de La Roche - Bem Aventurado)
Os ímpios, os orgulhosos, e os mundanos odeiam e desprezam a Ave Maria e o terço. e ainda dizem que o terço é uma devoção efeminada, suficiente para os ignorantes e analfabetos. 
Um sinal de predestinação ao contrário é amor, e a recitação da Ave Maria com prazer. E quanto mais uma pessoa é de Deus, tanto mais ama esta oração.
A Ave Maria, rezada com devoção, atenção e modéstia, é, como dizem os santos, é o inimigo do demônio, pondo-o em fuga, é o martelo que o esmaga; é a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o cântico do Novo Testamento, o prazer de Maria.
A ave Maria é um orvalho celeste que torna a alma fecunda; é um beijo casto e amoroso que se dá em maria, é uma rosa vermelha que se lhe apresenta, é uma pérola que se lhe oferece, é uma taça de néctar divino que se lhe dá.  ( Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem - S.Luís maria Grignon de Montfort.)

terça-feira, 26 de junho de 2012

COMO SURGIU O CERCO DE JERICÓ



Torna-se cada vez mais comum as comunidades adoradoras fazerem o Cerco de Jericó. De que se trata? Esta prática nasceu na Polônia. Consiste na oração incessante de Rosários, durante sete dias e seis noites, diante do Santíssimo Sacramento exposto. 

De onde veio a inspiração paro o  “Cerco de Jericó”?No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. A cidade de Jericó era uma fortaleza  inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas. 
Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6). 
O Santo Padre João Paulo II  devia ir à Polônia a 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.  
Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se   organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.” 
No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.” 
Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa. 
O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”, respondeu o Sr. Anatol. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações. 
A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não poderia visitar a sua Pátria. 
Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o “assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo em que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa alegria indescritível! 
No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em Blonic Kraskoskic. Foi a apoteose! 
Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica. “O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”
Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável “assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria. 
Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter certeza da vitória.
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 4 de outubro de 2011

DE PORTAS FECHADAS



DE PORTAS FECHADAS

De portas fechadas: é assim que se encontram as portas da capela São Pedro (Matriz da Paróquia São Pedro e São Paulo em SBC.) para nós do grupo de oração São Pedro desde 01/07/2011. Apesar de termos como padroeiro São Pedro, aquele que recebeu do Senhor Jesus “as chaves do Reino dos céus” (cf.: Mt. 16,19). È Pedro que tem a chave do Reino dos céus, mas aqui infelizmente quem tem a chave da “Igreja” é o padre. Mesmo com as portas fechadas nos colocamos diante dela e proclamamos a nossa fé rezando o santo terço sob o frio e o vento que assolava naquela noite de domingo, pois acreditamos no que está escrito no Evangelho: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á” (Mt. 7,7-8). E mais se a “Igreja”, espaço físico está fechada a Sagrada Palavra diz que somos templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em nós (cf. 1Cor. 3,16), também nos diz que somos chamados a ser pedras vivas de um edifício espiritual (cf. 1Pd 2,5).
 A Igreja nos ensina que a unidade do corpo não acaba com a diversidade dos membros: “Na edificação do corpo de Cristo, há diversidade de membros e de funções. Um só  é o Espírito que distribui os dons variados para o bem da Igreja segundo suas riquezas e as necessidades dos ministérios.” ... a unidade do Corpo Místico vence todas as divisões humanas: “Todos vós, com efeito, que fostes batizados em Cristo, vos vestistes de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em  Cristo Jesus.” (Gl 3,27-28; CIC 791)
Muitas vezes parece-me que ainda não há uma compreensão do que diz a Palavra de Deus e o que diz a Igreja por meio do Catecismo, nem mesmo por aqueles que têm o dever primeiro de observá-lo.
Vimos que a unidade do corpo não acaba com a diversidade dos seus membros, mas mesmo assim “insistimos” para que todos sejam iguais, tenham os mesmos pensamentos, os mesmos, os mesmos e por aí vai. E ainda, se o jeito de determinada pastoral ou movimento for diferente da forma que eu considero correta é mais fácil excluí-lo do que aprender ou aceita-lo em nosso meio.
Acredito também que a unidade do Corpo Místico vence todas as divisões humanas, mas para isso acontecer é preciso que caia por terra os “nossos” preconceitos e vaidades que insistem que tudo seja do nosso jeito.
Peço a Jesus o Senhor que em sua misericórdia olhe para “nós”, que nos ajude a abrir as portas do nosso coração, para que Ele entre e retire de “nós” todo preconceito e vaidade que na maioria das vezes tem impedido que seu projeto de salvação se realize em nossa vida e na vida de seu povo.

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

A HISTÓRIA SE REPETE

Sou católico e membro ativo da Renovação Carismática Católica, um Movimento Eclesial que está próximo de celebrar o seu jubileu de ouro, ainda assim somos chamados a explicar nossa espiritualidade. Isto quando não somos perseguidos, pior ainda por aqueles que deveriam ser os “primeiros” acolhedores.
Participo de um grupo de oração, em São Bernardo do Campo, na diocese de Santo André á 14 anos e para minha surpresa em uma reunião no dia 1º de  Julho o padre desta paróquia dirigindo ao núcleo de serviço deste referido grupo comunicou que não podemos mais nos reunir no interior da Igreja e que devemos realizar nossos encontros no salão paroquial.
Não vemos problema algum em realizar os encontros do grupo de oração no salão, mas este salão cabe pouco mais de 40 pessoas e nós somos mais que 120 pessoas.
Vivemos em uma época que se prega “liberdades” de expressão, de imprensa, direito disso e daquilo, querem até que seja respeitado o direito de fumar maconha sem que seja crime, mas nós católicos da Renovação Carismática Católica estamos sendo tolhidos do direito de manifestar a nossa espiritualidade.
Não sabemos a quem recorrer, segundo a nossa Mãe Igreja, somos o seu corpo, cuja cabeça é Jesus Cristo.
Infelizmente, quem governa a paróquia que participamos?
A Igreja é Mãe  e Mestra, não temos dúvidas disso, mas aqueles que deveriam ser pais (padres), muitas vezes são padrastos ou age como tais. E nós sabemos que se o “filho da mãe” não agrada o padrasto, ele o joga no porão ou para fora de casa.
Pois é assim que estamos nos sentindo.
Se não bastasse ser colocados para fora da Igreja o Sr. Padre de forma agressiva e preconceituosa ainda disse que eu não sou católico. Diante da fala do padre faço um questionamento.
O que é ser católico?
No Catecismo da Igreja Católica §830 encontrei:
Que quer dizer Católico?
A palavra “católico” significa “universal” no sentido de “segundo a totalidade” ou “segundo a integridade.” A Igreja é católica porque nela Cristo está presente. Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica. Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido a sua cabeça, o que implica que ela recebe dele “a plenitude dos meios de salvação” que ele quis: confissão de fé correta e completa, vida sacramental integral e ministério ordenado na sucessão apostólica.
No blog da Canção Nova encontrei um escrito do Pe. Joãozinho, SCJ.
Entre outras coisas está escrito: “Que já no século I e II “ser católico significava, ser plenamente cristão.” O catolicismo, portanto, é o Cristianismo em sua “totalidade”.
Ser Católico é: totalmente discípulo, totalmente missionário, totalmente cristão.
Talvez eu não seja católico porque infelizmente, só comungo três vezes por semana, só rezo um rosário por dia e tenho me confessado somente a cada dois meses (ironia ou não este mesmo padre que disse que não sou católico tem sido meu confessor, e me absolvido). Coordeno um grupo de oração que só tem 120 irmãos. Talvez eu devesse ter sido um padre ao invés de ser só um leigo que ama Jesus Cristo e tem o desejo de torná-lo conhecido.